terça-feira, 13 de abril de 2010

O BATUQUE NA MADRUGADA

Joed Venturini de Souza


A noite já virou madrugada
No silêncio desta hora mansa
Posso ouvir claramente a batucada
Cujo rítmo meus ouvidos alcança




É um batuque que parece não cessar
Noite e dia ele se faz sempre ouvir
Leva minha alma a meditar
Tirar de meus lábios o sorrir




Quantas vezes esquecemos a oração
Nem lembramos que estamos em guerra
Perdemos o rítmo da intercessão
Mas a batucada na noite não encerra




Quão poucas vezes falamos do Senhor
Tão esporádico é nosso testemunhar
Como é raro sofrermos de outro a dor
Mas o batuque pagão parece não terminar.




A nossa oferta é quando muito anual
É mais sacrifício que alegre fluir
Não ajudamos os outros na senda celestial
Mas a dança do inferno não quer diminuir



Enquanto Missões é um Culto Especial
Algo para apenas, às vezes lembrar
Muitos correm risco de perdição eternal
E o tambor do feiticeiro continua sem findar




Se o rítmo do maligno é tão pertinaz
Não sejamos nós menos perseverantes
Pode o inimigo ser audaz
Sejamos então muito mais constantes




E se o Batuque da Madrugada Africana
Teima em não suster seu som
Respondamos com triunfal Hozana
Levando de Cristo o Precioso Dom!


Bafatá, 18/10/99
 
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