Joed Venturini de Souza
A noite já virou madrugada
No silêncio desta hora mansa
Posso ouvir claramente a batucada
Cujo rítmo meus ouvidos alcança
É um batuque que parece não cessar
Noite e dia ele se faz sempre ouvir
Leva minha alma a meditar
Tirar de meus lábios o sorrir
Quantas vezes esquecemos a oração
Nem lembramos que estamos em guerra
Perdemos o rítmo da intercessão
Mas a batucada na noite não encerra
Quão poucas vezes falamos do Senhor
Tão esporádico é nosso testemunhar
Como é raro sofrermos de outro a dor
Mas o batuque pagão parece não terminar.
A nossa oferta é quando muito anual
É mais sacrifício que alegre fluir
Não ajudamos os outros na senda celestial
Mas a dança do inferno não quer diminuir
Enquanto Missões é um Culto Especial
Algo para apenas, às vezes lembrar
Muitos correm risco de perdição eternal
E o tambor do feiticeiro continua sem findar
Se o rítmo do maligno é tão pertinaz
Não sejamos nós menos perseverantes
Pode o inimigo ser audaz
Sejamos então muito mais constantes
E se o Batuque da Madrugada Africana
Teima em não suster seu som
Respondamos com triunfal Hozana
Levando de Cristo o Precioso Dom!
Bafatá, 18/10/99
http://poesiasecontosevangelicos.blogspot.com/search/label/Poesia%20Mission%C3%A1ria