No Chile há 23 anos, a missionária Narrimãn Nuñes iniciou o trabalho de evangelização dos aymaras há 8 anos, juntamente com seu esposo, o Pr. Juan Carlos, na cidade de Arica, cujo nome significa Porta de Bênçãos. Alémdeste, outros povos não-alcançados vivem na região do Deserto do Atacama, segundoa missionária. A etnia está presentetambém no Peru e na Bolívia, mas é noChile que ela está em maior número: são50 mil indígenas.
O trabalho entre os aymaras começoua partir da necessidade daquele povo deouvir sobre Jesus, uma vez que no Peru ena Bolívia já existiam igrejas formadas poraymaras. “Com uma equipe composta portrês casais, nos sentimos como um gotad´água nesse imenso oceano étnico quetemos aqui na fronteira norte. Há muito oque fazer”, diz Narrimãn.
Muitos missionários evangélicos passampela região, mas por falta de infraestruturanão permanecem. Os aymarasprecisam não apenas serem convertidosao Senhor Jesus, mas também serem discipuladose batizados. “Há casos de idososcom mais de 60 anos que ouviram falar deJesus em sua adolescência e que hoje temosa oportunidade de discípula-los”, afirma.
Apoio doméstico
O trabalho missionário naquela regiãoconta com o apoio de obreiros da terra, principalmente no altiplano, uma regiãocom altitude de mil a 5 mil metros acimado nível do mar. Isso signifi ca que somenteum nativo consegue viver bem na localidade,sem apresentar problemas de saúdeprovocados pela altitude. Hoje o Nortedo Chile conta com três casais de obreirosda terra. Para Narrimãn é um privilégioter missionários preparados para levar oEvangelho de Jesus, como Rogério Silva,um militar treinado pelo exército chilenonas altas montanhas da região. “Muitas vezesnão temos em nossos seminários umacapacitação para estar num altiplano, porexemplo, onde há menos oxigênio. Deussabe dessas coisas e tinha o irmão Rogériopreparado para este trabalho junto aos aymaras”,diz a missionária.
Após se converter, quando já era major,com menos de 50 anos de idade, elese aposentou e disse: “A partir de agora eutiro este uniforme do Chile e visto o uniformedo exército de Jesus.”. Ele abriu mãodo descanso com uma “gorda” aposentadoriafalar do Evangelho aos cativos, poramor a Cristo. No trabalho como obreirosda terra ainda há as famílias do irmão Bernardoe do Pr. Rolando, que trabalham entreos aymaras, os chilenos, os bolivianos eos peruanos.
Planos
Um dos objetivos para 2010 é de que oprojeto de igrejas nas casas, entre os aymaras,esteja mais em evidência, sem a preocupaçãode construir rapidamente umtemplo. Em outro contexto está Pozo Almonte,dentro da região de Iquique, umacidade com mais de 10 mil habitantes,com uma grande comunidade aymara.Lá a missionária vê a necessidade de umtemplo. Eles trabalham para a construçãodo primeiro Centro Batista Aymara, queserá um templo para adoração ao Senhore também um lugar para oferecer apoio social à comunidade. Tudo começou em2005, quando um terremoto destruiu osalão onde os aymaras se reuniam. Entãoos batistas brasileiros enviaram ajuda paraque os missionários comprassem grandes pranchas de madeira e fi zessem um novosalão. Depois, o governo chileno e a prefeitura,de forma inédita, entregaram aos missionários um terreno indígena. A entregado terreno foi feita pelo próprio prefeito ao representante de Missões Mundiais ,Pr. Antônio Galvão. Vários crentes brasileiros já enviaram suas ofertas para aobra, que deverá ser concluída até o final de 2010.
“Há muitas alegrias, mas também existem tristezas. Tudo isso forma uma grande orquestra missionária, para nos ajudara seguir adiante, para um dia cantarmos juntos lá no céu, inclusive com os aymaras que conheceram Jesus através da atuação dos nossos irmãos brasileiros, através da oração dos obreiros da terra e dos missionários voluntários, que saem de suasigrejas para ajudar na obra de evangelização dos povos não-alcançados”, conclui Narrimãn.
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